SILAGE MANAGEMENT
no

PT

Close
Chiudere / Cerrar / Zavřít / Zatvoriť

Choose your language:
Scegliere la lingua:
Elija su idioma:
Vyberte si prosím svůj jazyk:
Vyberte si svoj jazyk:
ESPAÑA Inglês ITALIA

Os benefícios da análise de silagens e dietas totais misturadas (TMR) para gado leiteiro

É importante saber...

A transição para a lactação de uma vaca leiteira tem um grande impacto na produção de leite, no desempenho reprodutivo e nas taxas de descarte ao longo da lactação. Após 30 dias do início da lactação, a principal ferramenta para melhorar o desempenho da vaca será a qualidade do volumoso. Por isso, a qualidade de uma dieta total misturada (TMR) para vacas leiteiras tem um enorme impacto na rentabilidade e na sustentabilidade da atividade leiteira.

O armazenamento e o manejo inadequados da silagem para vacas leiteiras, assim como uma gestão incorreta da TMR, podem levar ao crescimento microbiano, reduzindo a qualidade da ração, o que, por sua vez, impacta negativamente a saúde do rebanho. Se não forem controlados, leveduras, bolores e bactérias podem se proliferar, causando a deterioração da silagem. Essa deterioração reduz a qualidade da ração, diminui o consumo pelas vacas leiteiras e acarreta perdas na produção.

Analisar a silagem e a TMR para gado leiteiro é fundamental para prevenir problemas de deterioração da ração. Além disso, oferece etapas práticas para avaliar o risco de contaminação microbiana nas silagens e na TMR da sua fazenda, identificando ações preventivas que garantam uma qualidade de alimentação consistente.

Por que testar o status microbiano das silagens e TMR para gado leiteiro é importante para evitar a deterioração da ração das vacas leiteiras?

Testar o status microbiano das silagens e TMR para gado leiteiro é importante porque:

  • Identifica os principais desafios microbianos nas suas silagens e TMR para gado leiteiro.
  • Previne o aquecimento da TMR e a deterioração da ração.
  • Mantém a ingestão de matéria seca e a produção de leite do rebanho leiteiro.
  • Reduz o desperdício de ração.

Calcule seu lucro!

Veja como a produção leiteira sustentável resultará em mais lucratividade para sua fazenda

Em contraste com a crença comum, é muito possível administrar uma fazenda de maneira sustentável e ao mesmo tempo gerar uma renda saudável.

Calcule seu lucro influenciando os 4 indicadores-chave da HealthyLife que ajudam a melhorar o rendimento diário vitalício em sua fazenda.

Fatores de risco para deterioração de TMR em uma fazenda de gado leiteiro

Para gerenciar efetivamente os riscos de deterioração e agir a tempo, é essencial reconhecer os fatores de risco específicos presentes enquanto a silagem ainda está no silo e os riscos específicos durante a alimentação da TMR para o seu rebanho leiteiro. Os principais fatores de risco são:

  • Má compactação e/ou vedação inadequada da silagem: A compactação inadequada e a vedação deficiente de um silo de silagem para gado leiteiro levam à exposição excessiva ao oxigênio, promovendo o crescimento de leveduras e bolores.
  • Fermentação inadequada da silagem: Se a silagem para gado leiteiro não for adequadamente fermentada, o equilíbrio entre micróbios benéficos, como as bactérias formadoras de ácido lático, e micróbios prejudiciais fica subótimo. Como resultado, as condições da silagem tornam-se mais favoráveis para a replicação de leveduras e bolores, o que acelera a deterioração da silagem quando exposta ao ar.
  • Manejo inadequado da face da silagem: Quando o silo é aberto e a silagem é misturada à TMR para gado leiteiro, o crescimento microbiano pode ser reativado devido à exposição ao oxigênio, e os micróbios começam a crescer rapidamente na TMR.
  • Adicionar umidade à TMR: Adicionar água à dieta total misturada (TMR) é amplamente reconhecido como uma estratégia eficaz para reduzir o comportamento de seleção de ração pelas vacas leiteiras. Isso garante uma ingestão mais uniforme de nutrientes durante a alimentação. No entanto, adicionar umidade à TMR para vacas leiteiras também estimula a proliferação microbiana e aumenta o risco de deterioração e aquecimento da TMR para gado leiteiro.
  • Taxa lenta de consumo da ração: Demorar muito para usar a silagem ou a TMR para vacas leiteiras pode levar à deterioração, pois a silagem fica exposta ao oxigênio por mais tempo.
  • Condições climáticas quentes: Temperaturas ambientais mais altas aceleram a atividade microbiana e a deterioração da TMR na linha de alimentação. Considere alimentar as vacas leiteiras com mais frequência durante períodos de calor.
  • Linha de alimentação suja: Uma linha de alimentação limpa minimiza o crescimento de bactérias nocivas, bolores e leveduras que contribuem para a deterioração e o aquecimento de uma TMR para gado leiteiro. O acúmulo de ração residual na linha de alimentação do rebanho leiteiro pode fermentar ou decompor-se. Isso pode resultar na contaminação da ração fresca adicionada. A limpeza regular da mesa de alimentação garante que apenas ração fresca e não contaminada chegue às vacas.

Reconhecer os indicadores de risco é o primeiro passo para prevenir a deterioração microbiana da ração de leiteiras, mas para entender completamente a gravidade do problema, ações adicionais devem ser tomadas. Identificar sinais de alerta precoce permite que os produtores determinem a extensão do problema e tomem medidas preventivas/corretivas antes que a deterioração da ração impacte a saúde e a produtividade do rebanho. Ao realizar testes na silagem e na TMR, os produtores de leite podem quantificar os riscos microbianos, avaliar o potencial de deterioração e tomar decisões informadas para otimizar a qualidade da ração para vacas leiteiras.

Cor
Verde-oliva muito escuro Silagem danificada por intempéries e/ou muito úmida, com fermentação ruim.
Geralmente ocorre com alto teor de leguminosas ou gramíneas imaturas que podem ter sido adubadas com altas doses de nitrogênio. Aroma azedo ou pútrido.
Verde-oliva escuro / marrom Cor normal para leguminosas emurchecidas, que normalmente produzem silagens de coloração mais escura do que gramíneas.
Verde-claro a verde / marrom Faixa de coloração normal para silagens de gramíneas, cereais e milho.
Verde-pálido / amarelo-palha Faixa de coloração normal para silagens de gramíneas emurchecidas.
Marrom âmbar claro Cor típica de gramíneas e cereais mais maduros.
Às vezes vista em silagens com baixo teor de MS e silagens de gramíneas danificadas por chuva. Camadas inferiores da silagem úmida podem estar amareladas, com aroma frutado ou azedo.
Marrom Algum aquecimento ocorreu durante o armazenamento ou devido à deterioração aeróbica na distribuição.
Marrom escuro Aquecimento mais intenso devido à compactação inadequada, vedação tardia ou má exclusão de ar.
Geralmente acompanhado por grande proporção de silagem perdida (com mofo).


Odor
Odor ácido suave, levemente agradável, semelhante a leite azedo ou iogurte natural Fermentação lática normal – desejável.
Odor muito fraco, com leve aroma adocicado Silagem muito emurchecida com pouca fermentação, especialmente de culturas com baixo teor de açúcares. Aroma mais intenso à medida que o teor de MS diminui.
Aroma doce, frutado e alcoólico Leveduras participaram ativamente da fermentação. Níveis elevados de etanol. Essas silagens geralmente são instáveis durante a distribuição.
Cheiro de vinagre azedo Fermentação ruim, dominada por bactérias produtoras de ácido acético. Comum em forragens com baixo teor de MS e baixo teor de açúcares; o consumo tende a ser reduzido.
Odor de manteiga rançosa, pútrido Fermentação ruim, dominada por bactérias do gênero Clostridium que produzem altos níveis de ácido butírico. A silagem é úmida e às vezes viscosa. Esfregue a silagem entre os dedos, aqueça a mão por alguns segundos e então cheire. A presença de ácido butírico é facilmente detectada.
Odor forte de tabaco ou caramelo com gosto de açúcar queimado Silagem danificada pelo calor, de cor marrom escura. Palatável para os animais, mas com valor nutritivo muito baixo.
Odor de mofo ou bolor com apenas leve aroma de fermentação Silagem mofada devido à má compactação e vedação. Também evidente em silagens deterioradas aerobiamente, que podem estar aquecidas e apresentar odor semelhante a composto orgânico. O consumo tende a ser baixo; algumas silagens podem ser rejeitadas.
Cor
Verde-oliva muito escuro Silagem danificada por intempéries e/ou muito úmida, com fermentação ruim.
Geralmente ocorre com alto teor de leguminosas ou gramíneas imaturas que podem ter sido adubadas com altas doses de nitrogênio. Aroma azedo ou pútrido.
Verde-oliva escuro / marrom Cor normal para leguminosas emurchecidas, que normalmente produzem silagens de coloração mais escura do que gramíneas.
Verde-claro a verde / marrom Faixa de coloração normal para silagens de gramíneas, cereais e milho.
Verde-pálido / amarelo-palha Faixa de coloração normal para silagens de gramíneas emurchecidas.
Marrom âmbar claro Cor típica de gramíneas e cereais mais maduros.
Às vezes vista em silagens com baixo teor de MS e silagens de gramíneas danificadas por chuva. Camadas inferiores da silagem úmida podem estar amareladas, com aroma frutado ou azedo.
Marrom Algum aquecimento ocorreu durante o armazenamento ou devido à deterioração aeróbica na distribuição.
Marrom escuro Aquecimento mais intenso devido à compactação inadequada, vedação tardia ou má exclusão de ar.
Geralmente acompanhado por grande proporção de silagem perdida (com mofo).


Odor
Odor ácido suave, levemente agradável, semelhante a leite azedo ou iogurte natural Fermentação lática normal – desejável.
Odor muito fraco, com leve aroma adocicado Silagem muito emurchecida com pouca fermentação, especialmente de culturas com baixo teor de açúcares. Aroma mais intenso à medida que o teor de MS diminui.
Aroma doce, frutado e alcoólico Leveduras participaram ativamente da fermentação. Níveis elevados de etanol. Essas silagens geralmente são instáveis durante a distribuição.
Cheiro de vinagre azedo Fermentação ruim, dominada por bactérias produtoras de ácido acético. Comum em forragens com baixo teor de MS e baixo teor de açúcares; o consumo tende a ser reduzido.
Odor de manteiga rançosa, pútrido Fermentação ruim, dominada por bactérias do gênero Clostridium que produzem altos níveis de ácido butírico. A silagem é úmida e às vezes viscosa. Esfregue a silagem entre os dedos, aqueça a mão por alguns segundos e então cheire. A presença de ácido butírico é facilmente detectada.
Odor forte de tabaco ou caramelo com gosto de açúcar queimado Silagem danificada pelo calor, de cor marrom escura. Palatável para os animais, mas com valor nutritivo muito baixo.
Odor de mofo ou bolor com apenas leve aroma de fermentação Silagem mofada devido à má compactação e vedação. Também evidente em silagens deterioradas aerobiamente, que podem estar aquecidas e apresentar odor semelhante a composto orgânico. O consumo tende a ser baixo; algumas silagens podem ser rejeitadas.

Tabela 1. Parâmetros visuais e sensoriais para determinar a qualidade das silagens para bovinos leiteiros

Testes de silagens para gado leiteiro em relação a riscos microbiológicos

Antes de avaliar a dieta total (TMR), é fundamental testar a silagem, pois ela é uma das principais fontes de contaminação microbiológica da TMR para vacas leiteiras. As silagens para gado leiteiro naturalmente contêm microrganismos. Quando a fermentação é deficiente ou a silagem é exposta ao oxigênio, leveduras, mofos e bactérias indesejáveis podem se multiplicar rapidamente, acabando por contaminar a TMR. Identificar precocemente os riscos microbiológicos em silagens para vacas leiteiras permite a adoção de medidas corretivas para preservar a qualidade da forragem e proteger a saúde do rebanho leiteiro.

Testes rápidos na fazenda de silagens e TMR para vacas leiteiras
Testes rápidos realizados na própria fazenda para avaliar o risco de deterioração da silagem e da TMR para gado leiteiro incluem inspeção visual, avaliação do odor e medição de temperatura. Apenas observando, sentindo e cheirando a silagem, é possível ter uma boa noção da qualidade e do risco de deterioração. A silagem fresca para vacas leiteiras deve apresentar um aroma agradável, levemente adocicado ou fermentado. Odores mofados, azedos ou rançosos indicam atividade microbiana indesejada na silagem.

A Tabela 1 ilustra como determinadas colorações e características de odor indicam a qualidade da silagem destinada ao gado leiteiro.

Quais ferramentas estão disponíveis para medir a qualidade da silagem em uma fazenda leiteira?

Ao verificar regularmente a temperatura da silagem para gado leiteiro, é possível identificar potenciais problemas antes que se tornem sérios, garantindo que a silagem esteja sendo armazenada e preservada adequadamente. Utilize sondas termométricas especializadas de diferentes comprimentos (longas: 50–80 cm e curtas: 10–15 cm) ou uma sonda longa (50–80 cm) combinada com uma câmera termográfica.

Medição da temperatura em silos-trincheira de silagem para gado leiteiro
Para medir a temperatura em um silo-trincheira de silagem para gado leiteiro, insira os termômetros com sonda em diferentes pontos do silo (ver Figura 1).
Figura 1. Pontos de amostragem nos quais a temperatura de uma silagem para vacas leiteiras deve ser medida.
Em cada ponto de amostragem, insira a sonda curta e a sonda longa na face da silagem para gado leiteiro, mantendo uma distância de 5 a 7 cm entre elas. Para garantir resultados precisos e evitar falsos negativos, os pontos de amostragem devem ser coletados da face da silagem após pelo menos 12–24 horas de exposição ao ambiente, após o corte. Se as amostras forem coletadas após mais de 48 horas de exposição da silagem, os resultados podem apresentar falsos positivos devido à exposição excessiva e possível fermentação secundária na face do silo. Normalmente, a temperatura registrada pela sonda curta é inferior à registrada pela sonda longa, refletindo o calor residual que se dissipa mais lentamente em profundidade. Exceções ocorrem em silagens colhidas sob clima frio, mas expostas a condições ambientais quentes durante o fornecimento.

Em substituição à sonda de temperatura curta, pode-se utilizar uma câmera termográfica para registrar a temperatura da face do silo de silagem para gado leiteiro, em conjunto com o termômetro de sonda longa. A câmera termográfica fornece um mapa térmico da cena emoldurada, permitindo a visualização instantânea da distribuição de temperatura e a rápida identificação de áreas aquecidas, como pontos quentes na face da silagem. Essa combinação melhora a precisão ao detectar variações de temperatura na superfície, enquanto a sonda longa mede a temperatura interna, proporcionando uma avaliação mais completa do silo de silagem para gado leiteiro.

Monitoramento do pH de silagens para gado leiteiro
Além disso, o monitoramento do pH da silagem para vacas leiteiras pode ser uma forma eficaz de avaliar a qualidade e a estabilidade. O pH serve como indicador-chave da qualidade da fermentação que ocorreu na silagem para gado leiteiro, bem como da estabilidade aeróbia e da atividade microbiana dentro do silo. O controle adequado do pH da silagem é essencial, pois flutuações no pH do silo podem levar à deterioração do alimento, redução da digestibilidade e riscos potenciais à saúde dos animais.

Certos microrganismos são estritamente anaeróbios; no entanto, durante a deterioração aeróbia, foi observado aumento em seus números. Isso se deve à ação de microrganismos aeróbios que consomem ácido lático e reduzem a produção de compostos finais menos ácidos. Como consequência, pode ocorrer aumento do pH da silagem. Variações no pH da silagem para gado leiteiro e níveis variáveis de oxigênio em diferentes regiões do silo podem criar condições favoráveis ao crescimento de clostrídios.

Para garantir consistência, utilize os mesmos pontos de amostragem e siga as mesmas diretrizes usadas nas medições de temperatura, considerando o tempo decorrido desde a exposição da face da silagem ao ambiente.

Diferentes métodos para medir o pH em silos de silagem para gado leiteiro
Existem dois métodos principais para medir o pH de silagens para gado leiteiro:

  • Inserção direta da sonda: esse método requer uma sonda de pH específica para materiais semissólidos, que consiga realizar a leitura em amostras com pelo menos 30–40% de umidade. É um método simples e fornece resultados rápidos sem necessidade de preparo adicional da amostra, embora o equipamento possa ter custo elevado.

  • Método com preparo de amostra: esse método utiliza um pHmetro digital padrão, uma balança de precisão e água destilada. Prepara-se a amostra misturando 10 g de silagem ou TMR com 90 ml de água destilada em um copo. Insere-se a sonda de pH na mistura para obter a leitura. Esse método é mais acessível e econômico, porém exige maior tempo de preparação.

Diretrizes de interpretação para avaliar a qualidade da silagem para gado leiteiro

Temperatura e pH de silagem estável para gado leiteiro

  • A sonda longa registra temperaturas mais altas do que a sonda curta ou a câmera termográfica, indicando ausência de deterioração aeróbia significativa do alimento para vacas leiteiras.
  • Silagens adequadamente fermentadas para gado leiteiro devem apresentar pH de:
    • 3,8 – 4,2 para silagem de milho
    • 4,3 – 5,2 para silagem de gramínea com 30 – 50% de matéria seca
    • 4,8 – 5,5 para silagem de gramínea com mais de 50% de matéria seca

Temperatura e pH de silagem instável para gado leiteiro

  • Em caso de deterioração aeróbia moderada, a sonda longa registra temperaturas 3–5°C inferiores à da sonda curta ou câmera termográfica.
  • Em casos de deterioração aeróbia significativa, a sonda longa registra mais de 5°C a menos que a sonda curta ou a câmera termográfica.
  • Um pH superior a 4,2 indica baixa qualidade da silagem de milho para gado leiteiro.
  • Um pH superior a 5,5 em silagens de gramínea com 30–50% de MS indica baixa qualidade da silagem. Para silagens com MS mais alta, a interpretação depende dos níveis de matéria seca.

Independentemente da causa do aquecimento excessivo da silagem para vacas leiteiras, quando o problema é diagnosticado, geralmente já é tarde para corrigi-lo. A recomendação é focar no manejo da silagem durante o fornecimento, adotando estratégias para prevenir perdas e, em seguida, planejar medidas preventivas para evitar o aquecimento excessivo da silagem na próxima safra.

Figura 2. Imagens térmicas infravermelhas da camada externa (à esquerda) e do núcleo de uma pilha de RTM para gado leiteiro (à direita), mostrando uma diferença de temperatura de 4°C, 3 horas após o preparo da RTM.

Quais ferramentas estão disponíveis para medir a qualidade de uma Ração Totalmente Misturada (RTM) para bovinos leiteiros?

Para testar a temperatura de uma Ração Total Misturada (RTM) para gado leiteiro, utilize um termômetro de haste curta, projetado para funcionar adequadamente nas condições típicas de uma RTM para bovinos leiteiros. Um termômetro digital com sonda é ideal para essa tarefa. Certifique-se de que a sonda seja suficientemente longa (10–15 cm) para alcançar o centro da mistura da RTM e que seja projetada para lidar com materiais de alimentação úmidos ou densos usados na nutrição de gado leiteiro.

Amostragem de uma RTM para gado leiteiro
Realize as leituras de temperatura em pelo menos cinco locais diferentes ao longo do cocho, a fim de garantir uma avaliação representativa. Em cada ponto de amostragem, inicie medindo a temperatura superficial, inserindo a sonda na RTM para gado leiteiro a uma profundidade rasa de 3–5 cm. Mantenha a sonda parada por 30–50 segundos para permitir a estabilização da leitura antes de registrá-la. Em seguida, insira a sonda mais profundamente, atingindo 10–15 cm, e novamente aguarde até que a temperatura estabilize antes de anotar o valor. Às vezes, esse método é dificultado pelo empurramento constante da ração ou pela profundidade insuficiente da RTM no cocho, o que pode dissipar a temperatura. Uma alternativa é isolar uma amostra de RTM fresca para gado leiteiro em um balde de 5 a 10 kg e medir a temperatura da amostra após 6, 12 e 24 horas com o termômetro de haste curta ou com um registrador de dados de temperatura.

Se disponível, utilize uma câmera termográfica infravermelha para avaliar as variações de temperatura ao longo do cocho. Comece medindo a temperatura da RTM para gado leiteiro em seu estado não perturbado, a fim de capturar com precisão a temperatura superficial. Essa medição inicial auxilia na identificação de eventuais aquecimentos na camada externa devido à exposição ambiental. Em seguida, misture bem a RTM para gado leiteiro para expor a parte interna, garantindo que as camadas mais profundas sejam trazidas à superfície. Após a mistura, realize uma segunda medição de temperatura para avaliar eventuais diferenças entre as camadas externas e internas. A comparação entre essas leituras pode ajudar a identificar possíveis problemas de aquecimento na ração, o que pode indicar atividade microbiana, deterioração ou inconsistências na fermentação (ver Figura 2).

Diretrizes de interpretação para a qualidade de uma RTM para gado leiteiro

Diferenças de temperatura dentro de uma RTM estável para gado leiteiro

  • A diferença de temperatura entre as partes superficial e interna é inferior a 5°C. Isso indica atividade microbiana mínima e boa estabilidade aeróbia.

Diferenças de temperatura dentro de uma RTM instável para gado leiteiro

  • A temperatura interna é mais de 5°C superior à temperatura superficial. Isso sugere fermentação microbiana em andamento, resultando em aquecimento, perda de nutrientes e possível deterioração.
Parâmetro Avaliado Duração do Período de Observação
Matéria Seca (MS) A porcentagem de MS terá grande impacto no consumo de matéria seca pelos animais.
pH O pH é um indicador dos níveis de ácido lático na silagem. Um pH em torno de 4,5 é necessário para uma silagem estável. Se o teor de MS da silagem for baixo, o pH precisa estar entre 3,7 e 4,3 para inibir a atividade de microrganismos deterioradores.
Amônia-N (NH₃-N) Deve estar entre 5–10% do nitrogênio total. Um valor igual ou superior a 10% indica fermentação inadequada, resultando na degradação de proteínas. Uma causa comum é o uso excessivo de adubo nitrogenado residual.
Ácidos Totais de Fermentação (ATF) Os ATF indicam o nível de acidificação e devem estar entre 8–12% da MS.
Ácido Lático Após uma boa fermentação lática, mais de 80% dos ácidos de fermentação totais serão ácido lático, resultando em um teor de 7–10% de MS.
Ácido Butírico Se o ácido butírico estiver presente, houve fermentação secundária. Isso resulta em silagem de baixa qualidade, com odor desagradável e menor palatabilidade. A silagem ideal não deve conter ácido butírico, mas o máximo aceitável é 0,5% da MS.
Energia Metabolizável (EM) Silagens de boa qualidade apresentam EM entre 11 e 12 MJ/kg MS.
Proteína Bruta (PB) As silagens contêm principalmente proteína degradável, utilizada pelos microrganismos do rúmen. Os valores ideais de PB em silagens de capim de boa qualidade devem estar entre 12 e 16%. A adubação nitrogenada tardia pode elevar demais os níveis de proteína, prejudicando a fermentação ruminal.
Fibra em Detergente Neutro (FDN) Silagens de capim de boa qualidade devem apresentar teor de FDN entre 45–50%.
Parâmetro Avaliado Duração do Período de Observação
Matéria Seca (MS) A porcentagem de MS terá grande impacto no consumo de matéria seca pelos animais.
pH O pH é um indicador dos níveis de ácido lático na silagem. Um pH em torno de 4,5 é necessário para uma silagem estável. Se o teor de MS da silagem for baixo, o pH precisa estar entre 3,7 e 4,3 para inibir a atividade de microrganismos deterioradores.
Amônia-N (NH₃-N) Deve estar entre 5–10% do nitrogênio total. Um valor igual ou superior a 10% indica fermentação inadequada, resultando na degradação de proteínas. Uma causa comum é o uso excessivo de adubo nitrogenado residual.
Ácidos Totais de Fermentação (ATF) Os ATF indicam o nível de acidificação e devem estar entre 8–12% da MS.
Ácido Lático Após uma boa fermentação lática, mais de 80% dos ácidos de fermentação totais serão ácido lático, resultando em um teor de 7–10% de MS.
Ácido Butírico Se o ácido butírico estiver presente, houve fermentação secundária. Isso resulta em silagem de baixa qualidade, com odor desagradável e menor palatabilidade. A silagem ideal não deve conter ácido butírico, mas o máximo aceitável é 0,5% da MS.
Energia Metabolizável (EM) Silagens de boa qualidade apresentam EM entre 11 e 12 MJ/kg MS.
Proteína Bruta (PB) As silagens contêm principalmente proteína degradável, utilizada pelos microrganismos do rúmen. Os valores ideais de PB em silagens de capim de boa qualidade devem estar entre 12 e 16%. A adubação nitrogenada tardia pode elevar demais os níveis de proteína, prejudicando a fermentação ruminal.
Fibra em Detergente Neutro (FDN) Silagens de capim de boa qualidade devem apresentar teor de FDN entre 45–50%.

Tabela 2: Parâmetros comumente avaliados em silagens para gado leiteiro.

Testes laboratoriais para risco de deterioração de silagens e RTM para gado leiteiro

Uma forma mais precisa de avaliar o risco de deterioração de silagens e RTM para gado leiteiro é por meio de testes laboratoriais. Caso os produtores de leite já realizem análises antes da formulação e fornecimento da RTM, alguns dos resultados obtidos nas análises laboratoriais das silagens para gado leiteiro já podem indicar o risco de deterioração da RTM formulada com essa silagem. Embora a análise laboratorial de silagens para bovinos leiteiros demande mais tempo, ela fornece resultados mais confiáveis e um diagnóstico mais claro de possíveis problemas. A análise laboratorial permite estabelecer o perfil de fermentação da silagem para vacas leiteiras. Compostos benéficos, como o ácido lático, bem como substâncias indesejáveis, como o ácido butírico, são quantificados nos testes laboratoriais de silagens para gado leiteiro. Uma fermentação adequada é essencial para preservar a qualidade da silagem e garantir sua segurança para o consumo (ver Tabela 2).

Estabilidade aeróbia de silagens e RTM
Indicadores-chave (KPI's) Leveduras UFC/g Bolores UFC/g Enterobactérias UFC/g
Excelente
Risco moderado 100.000 - 1.000.000 10.000 - 100.000 300 - 1.000
Alto risco >1.000.000 >100.000 >1.000
Estabilidade aeróbia de silagens e RTM
Indicadores-chave (KPI's) Leveduras UFC/g Bolores UFC/g Enterobactérias UFC/g
Excelente
Risco moderado 100.000 - 1.000.000 10.000 - 100.000 300 - 1.000
Alto risco >1.000.000 >100.000 >1.000

Tabela 3. Parâmetros microbiológicos e seus níveis de aceitação para determinar a estabilidade aeróbia de amostras de silagem ou RTM para gado leiteiro.

Testes laboratoriais de silagens e RTM para gado leiteiro podem detectar micotoxinas, bolores, bactérias e leveduras que possam estar presentes na silagem ou na RTM. Esses microrganismos podem proliferar em alimentos armazenados ou misturados de forma inadequada e podem comprometer a saúde dos animais e reduzir a produção de leite das vacas leiteiras (ver tabela 3).

Protegendo a qualidade de uma RTM para gado leiteiro com Selko TMR

Embora o manejo adequado da silagem e da RTM seja fundamental para prevenir a deterioração da dieta do gado leiteiro, estratégias adicionais podem melhorar ainda mais a estabilidade e a qualidade da alimentação. Selko TMR é um aditivo alimentar especializado para bovinos leiteiros, disponível nas versões líquida e em pó. O Selko TMR foi desenvolvido para proteger a RTM de vacas leiteiras contra a deterioração microbiana, reduzindo o risco de aquecimento, aumento de pH e deterioração da ração.

Ao inibir o crescimento de leveduras e bolores, o Selko TMR para gado leiteiro contribui para a manutenção da integridade nutricional da dieta, garantindo um consumo consistente de matéria seca e favorecendo uma produção ideal de leite. Sua formulação científica, composta por conservantes e acidificantes, prolonga a estabilidade aeróbia da RTM, mesmo em condições desafiadoras, como clima quente ou taxas lentas de fornecimento da ração.

A integração do Selko TMR no programa alimentar para gado leiteiro pode ajudar a preservar a qualidade da dieta, minimizar perdas e melhorar o desempenho geral do rebanho leiteiro.

Preventing feed spoilage of dairy cattle by managing the quality of silages and TMR

Testes de estabilidade aeróbia de silagens e RTM para gado leiteiro podem parecer complexos, mas avaliações simples na fazenda podem revelar muito sobre a qualidade dos silos e da RTM utilizada. Ao identificar e corrigir riscos de deterioração, é possível reduzir o desperdício de ração para bovinos leiteiros, manter o desempenho dos animais e aumentar a lucratividade da fazenda.

Como estratégia preventiva, a incorporação do Selko TMR para gado leiteiro ao manejo nutricional pode aumentar ainda mais a estabilidade da dieta, inibindo o crescimento de leveduras e bolores, reduzindo o aquecimento e preservando o valor nutricional da RTM. Essa solução proativa ajuda a proteger a qualidade da dieta do rebanho leiteiro, garantindo um consumo consistente de matéria seca e promovendo o desempenho ideal do rebanho.

Baixar mais pesquisa e documentação

Você pode acessar toda a nossa documentação sobre os protocolos da Selko, a produção sustentável de laticínios e as últimas descobertas de pesquisa sobre o gerenciamento da transição das vacas leiteiras.

Passos simples para manter sua TMR para gado leiteiro fresca

A qualidade de uma Ração Totalmente Misturada (TMR – Total Mixed Ration) para vacas leiteiras é crucial para a eficiência alimentar, o desempenho lactacional e a rentabilidade do rebanho leiteiro. O armazenamento e o manejo inadequados das silagens para bovinos leiteiros ou a formulação incorreta de uma TMR podem favorecer o crescimento microbiano, reduzindo a qualidade da alimentação, a saúde e o desempenho dos animais.

Se não for bem gerenciado, o crescimento de microrganismos pode levar ao deterioro da dieta, comprometendo a qualidade do alimento fornecido. A deterioração da dieta reduz a ingestão de matéria seca, a eficiência alimentar, o desempenho produtivo e, consequentemente, a lucratividade da atividade leiteira.

Este guia ajudará você a entender por que é importante realizar análises de silagens e TMR. Ele oferece etapas práticas para avaliar os riscos microbiológicos na fazenda e identificar ações preventivas que garantam uma qualidade consistente da dieta fornecida. Isso resultará em maior retorno sobre o custo da alimentação na produção leiteira.

Registre-se uma vez e faça o download de tudo o que você precisa

This is not correct
This field is required
This is not correct
This is not correct.
This is not correct

Obrigado pelo seu interesse na Selko.

Acabamos de enviar um e-mail para você. Siga as instruções neste e-mail para concluir o download. Observe que, em alguns casos, os filtros de spam podem bloquear e-mails automatizados. Se você não encontrar o e-mail em sua caixa de entrada, verifique sua pasta de lixo eletrônico.

Tenha um bom dia

Saiba mais sobre a gestão da transição...